A letra "J" parece que parou no tempo. Quando avista o "D" e o "F" nem sabe se há-de ferver ou de congelar. Acaba por ficar quieta num misto das duas sensações como que à espera de um milagre.
É como um detective para um crime - sem provas, não há declarações... E talvez fosse mesmo esse o milagre necessário para poderem existir certezas - Provas... Será assim algo difícil de acontecer? Provas de verdade, de amizade, de amor, fidelidade, honra...
E palavras... Oh como eu gostava de as ouvir... mas o "F" e o "D", tal como o "J", parecem mudos... e cegos, pois não conseguem ver o que estou a tentar demonstrar sem recorrer ao uso de sons, apenas com o olhar. O olhar pode contar tantas coisas...
Ah, pois, é verdade, quase me esqueço de que a letra "D" não deixa de ser impossível e a "F" de ser inalcansável.
O meu tempo está a esgotar-se e, aos poucos, o meu sangue vai-se esvaindo. Quando o corpo não pode sentir, a alma não pode viver, o sorriso não pode ver e o olhar não consegue sorrir.
Ouço o "tic-tac" do relógio que se mistura com os batimentos do meu coração. É assim que morre este som e me arrasta de encontro à escuridão, fazendo-me desaparecer.
Existem dois motivos, duas razões, três seres, uma só escolha e muito em que pensar. A confusão alterna em entre duas letras: o "D" e o "F"... E eu só tenho um desejo.
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